No entanto o local escolhido fez desaparecer a Praia de Miragaia, além da Rua de Miragaia (que comentei no post anterior desta série) que perdeu a ligação direta com o Rio Douro.
O espaço hoje tem o edifício da Alfândega como na imagem a seguir.
Este espaço onde tinha o areal da praia de Miragaia chegou a abrigar um importante estaleiro naval. Um exemplo da sua importância data do século XV onde estavam os navios utilizados para conquistar Ceuta. O próprio infante D. Henrique esteve pessoalmente neste local, por volta de julho de 1415, conduzindo sua armada em direção ao Tejo e depois até Ceuta.
Hoje é um Museu. Vale a pena visitar, com algumas curiosidades sobre a época em que o espaço era mesmo uma Alfândega, como por exemplo o caso de uma viola com uma outra função que não a mais comum para ser uma viola. Adivinhem? Transportar azeite em seu interior, mas não pelos transmites normais! 🤣
O largo na parte da frente da Alfândega, olhe para a parte do alto do morro, para o prédio branco. É o Palácio das Sereias, como está na imagem abaixo. Também é conhecido como Palácio da Bandeirinha, devido a rua que está situado.
O nome é devido a duas enormes serias que estão na sua porta principal. E não, não tem esta fotografia porque teria que enfrentar as escadas das sereias e não faz parte da sugestão do autor (Ufa, ainda bem 😂, mas claro que já fui lá e acreditem, a vista é linda, espetáculo. Fica para outro post!).
Quando segue a caminhada pela avenida, o nome da rua muda para Monchique. Um dos motivos para este nome é devido a beleza do lugar (é bonito mesmo 🥰) ou seja, monte chique. No entanto, o nome tem origem em “Monjuich” que significa “montem judeicum” – Monte dos Judeus, cuja comunidade tinha presença nesta área da cidade.
O que acho fantástico é as residências bem ali perto da avenida tendo o Rio Douro para não ficar estressado.
Eu não ficaria chateada em estar em Home Office com esta vista 😍.
Vamos seguir a caminhada, já para o trecho final desta parte 4, que é o Museu do Vinho, bem ao lado deste prédio vermelho da imagem a seguir.
O edifício vermelho que hoje é posto da Guarda fiscal já teve várias funções, como parte do mosteiro, sendo a casa dos capelães e hospedagem para a família das freiras; serviços para o estado, como o trem militar, a intendência da marinha, repartições e armazéns da Alfândega, depósito da pólvora, etc. Já abrigou atividades da Casa da Moeda. Espaço movimentado este 😁.
Já o Museu do Vinho pertenceu à rica família dos Pintos da Cunha, com o início da construção em 1781 e término só em 1798, com o objetivo de armazenar os vinhos do Alto Douro, destinados ao mercado brasileiro. Está na imagem a seguir um visão mais próxima do espaço.
Em 1822, com o grande movimento na área da Alfândega e assim este prédio passou a também servir de depósito dos produtos coloniais e do Brasil.
E assim termino esta parte do percurso 3. A parte 5 é do espaço denominado como Massarelos, com uma paisagem incrível.